terça-feira, 27 de outubro de 2009

Osvaldo, diz pro Mário que nosso encontro lá no Piauí é sempre intempestivo (mesmo na rede)



ondeAndradeandaretooutropoetatorto

brasileiro-acorde
te-acordo por não ter-te-visto ali
lá no Piauí!: lar do primitivo
dos humanos nossos de ondes passados
(né Niède?  né Chovenágua?)

e te-acordo por não ter contigo
café bebido e bebida cajuína cachaça vinho
– tragam pra mim um coquetel paulista:
mar + rio... tanto mar tanto rio... please!
e bebamos ao possível poema vivo
e a nota (não conta) cante o tom plurilíngue
e a harmonia ao som enxame!

masporém brasileiro-ser-guerreiro
num ringue acre pronta pra nos-matar
a escureza está – também a virgem mata! –
tangendo o ataúde o cantocalar
e nós cantamos este canto miscigenado:
tupi and not tupi
globe theatre ou municipal aqui
nesse chão que é também meu
brasileiro que nem eu!

e sem muito papo mansamente em porém
cena resistência – manosabença
pois nos jamais veremos entanto
te-sinto – meu poeta nativo – onde
este eu brasileiro que nem tu anda
ruminando outro brasileiro dormido
a le-desejarcuma enorme diferença
de crença e de desejo e de pensamento – o bem
da humanidade: aos bondes! de carrada!

e ainda brasileiro amigo: é bom
ter passado in tua vida in ronda paulistana
si rota policio circandandobliquamente
in estradas Andrades andadas extratos
de alguéns que nem eu & tu & ele
brasileiros que nem tudo!


(Em São Paulo, ante a entrada, na calçada do teatro municipal.)

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